A FAZENDA Na fazenda me fiz, longe à dor e ao falso. Espingardas nao feriam o canto-pássaro; Os teteus idilionavam sobre a lagoa E o milharal florescia em sóis e brasa. O verão tornava a carne da terra em pedra Mas as chuvas amansavam os bois na serra; O boi morto transmudava-se em fogaréu e os urubus em fulvo mel; Xiquexiques não feriam O céu aberto das tardes, como em mim o verde sexo; Meu avô desconhecia a metafísica E dizia: "Antes, seguir a vida à risca". (BW)